quinta-feira, 4 de março de 2010





TANTAS FACILIDADES SÃO DE FATO NECESSÁRIAS? TÁ COM RAIVA? VAI PESCAR!


Vamos refletir um pouco?



Estou percebendo cada vez mais que junto dos avanços e das “facilidades” tecnológicas que impulsionam a vida moderna (pós-moderna), por vezes, estamos nos distanciamos das coisas mais simples e inerentes à nossa existência: sair com os amigos para conversar descontraidamente ou bater uma bolinha, ir à praia ou ao clube com a família, passear à toa ou ficar em casa de bobeira, se deliciar com um sorvete num lindo dia de verão, viajar... Viver a vida de verdade! Ao invés, por exemplo, passamos compulsivamente horas e horas – e até dias – no computador procurando algo que não sabemos bem o que é, seja no orkut, facebook, myspace, twistter, messenger, skype, second life, habbo, clube peguin, blogs, flickr, picasa, salas de bate-papo, recebendo e escrevendo inúmeros e-mails – a maioria inútil – ou comprando coisas que não precisamos pela internet só porque é fácil, cômodo e barato. Eu mesmo já perdi a conta da quantidade de e-mails, blogs, sites pessoais e sites de relacionamento que tenho. Será que valeu a pena tanto tempo dispensado e será que tudo isso serve de fato?

Por coincidência, na semana passada viajei com a minha família e tiramos oito dias de férias. Coisa que não acontecia há muito tempo! Em um primeiro momento, ficamos um pouco desconsertados, pois a TV não funcionava direito, não tinha internet à mão e o local não tinha todas as comodidades que estávamos acostumados. Mas, aos poucos, fomos desfrutando das vantagens que logo apareceram: ficávamos, pois, o dia todo na praia, na piscina, lanchando, passeando pela bela cidade, jogando adedanha ou conversando ao luar. Precisaríamos de algo mais? Sem titubear, a resposta é não. O que foi mais interessante e simples é que era eu e minha família, todos juntos. Em casa, geralmente, estamos juntos, mas separados por conta dos computadores e TV ligados simultaneamente, devido os telefones (fixo e celulares) que não param de chamar, entre outras necessidades e intempéries habituais da modernidade sem volta.

Claro que muitas das tecnologias já incorporadas ao nosso cotidiano são importantes, até mesmo para que possamos nos distrair e viver melhor. Que paradoxo, não é? Quem hoje vive sem o celular, sem a TV, sem o computador para escrever, guardar dados ou se comunicar? Sem falar nos transportes cada vez mais eficazes, aparelhos de áudio, aparelhos de vídeo e eletrodomésticos. Realmente seria um tanto difícil.

Mas penso que podemos ir um pouco mais devagar, sem o afoito dos usuários compulsivos – entenda-se também a "ingênua" indústria do ramo – que nos apregoa tal verdade insistentemente. Devemos, sim, respeitar a necessidade e o tempo do outro, inclusive o nosso. Devemos e podemos usar sim, mas com moderação! Ou então em breve, numa pandemia, havemos de procurar os tecnológicos anônimos. Alguém conhece um que possa me indicar?


Ps.: A foto acima foi tirada em Armação de Búzios no dia 26/03/2010. À frente, aparece o monumento “Os três pescadores” e mais ao fundo embarcações ancoradas.


* Caro leitor, fique à vontade para comentar. Inclusive discordar.

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